IPS associa-se à campanha 'Mobiliza-te contra o Sexismo'
Projeto financiado pelo Conselho da Europa

O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) é uma das instituições de ensino superior
nacionais que assumiram o compromisso de prevenir e combater o sexismo, através da
adesão à campanha "Mobiliza-te contra o Sexismo", financiada pelo
Conselho da Europa (CE).
O projeto, promovido pelo Lobby Europeu das Mulheres (LEM),
encontra-se a decorrer em nove países europeus e é dinamizado em Portugal através de
uma parceria entre a Plataforma Portuguesa para os Direitos das
Mulheres (PpDM) e a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de
Género (CIG), adotando como lema "Sexismo: Repare nele. Fala dele.
Acabe com ele".
Esta campanha internacional, à qual o IPS não podia deixar de
aderir enquanto instituição que se rege pelos princípios do "respeito pelas
pessoas, da justiça social, da igualdade de oportunidades, da proteção da diversidade
cultural", tem como principal meta a divulgação e o debate público em torno da
recomendação do Comité de
Ministros do CE aos Estados Membros, de 27 de março de 2019, que pela
primeira vez fixa uma definição para sexismo.
Segundo o documento, "qualquer atitude, gesto, representação visual,
linguagem oral ou escrita, prática ou comportamento baseados no pressuposto de que uma
pessoa ou grupo de pessoas é inferior em razão do sexo, que ocorra na esfera pública ou
privada, por via eletrónica ou não", deve ser denunciada e combatida
como sexismo. Partindo desta definição, a recomendação insta os governos dos Estados-
membros a tomarem medidas no sentido de prevenir e combater o sexismo e as suas
manifestações aplicando legislação, políticas e programas adequados. Linguagem,
Comunicação, Justiça, Local de Trabalho, Setor Público, Educação, Cultura e Desporto e
Esfera Privada são as oito áreas estratégicas identificadas.
Recorde-se que o sexismo e o comportamento sexista radicam nos
estereótipos de género e, ao mesmo tempo, reforçam-nos, ao
perpetuarem estruturas de poder social desiguais e com repercussões
negativas na distribuição de recursos entre mulheres e homens, de que são exemplos
flagrantes as disparidades salariais e nas pensões entre homens e
mulheres que se mantêm em território europeu.
A recomendação lembra também que, frequentemente, atitudes de sexismo
isoladas podem parecer inofensivas, mas são elas os alicerces do clima
de intimidação, medo e insegurança que antecece a aceitação da
violência (violência física e psicológica, stalking, violação e
homicídio), sobretudo contra mulheres e raparigas.
Mais informações no website da campanha.
18 de
novembro/2020
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